sábado, 9 de julho de 2011

Vagas esperam mãos qualificadas

A dificuldade dos trabalhadores atualmente é conseguir entrar no mercado, que exige experiência e qualificação.
Por Marcelo Pascotto - Jornal Mogi News
 
No início da Era Vargas, de 1930 a 1945, os trabalhadores fabris utilizavam a data para organizar protestos contra as políticas sociais e econômicas do país naquela época. Até há pouco tempo, os brasileiros faziam movimentos para pedir a geração de empregos e melhores remunerações. Com o passar dos anos e a melhora das condições do Brasil, a luta dos trabalhadores é outra: entrar no mercado de trabalho. A experiência e a qualificação profissional nunca foram tão requisitadas quanto agora. Hoje, a falta de aperfeiçoamento técnico é a principal dificuldade encontrada pelo setor produtivo mogiano na hora de contratar pessoas para atuarem no "chão de fábrica" e até mesmo para os cargos de gerência.
Este fenômeno não é exclusivo de Mogi. Pesquisa divulgada em abril pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com 1.616 empresas, constatou que 69% delas enfrentam dificuldades com a falta de trabalhador qualificado. Ainda segundo o levantamento, 94% têm problemas para encontrar operadores para a produção e 70% têm carência de profissional qualificado, o que prejudica o aumento da competitividade.
As agências de Recursos Humanos conhecem bem esta realidade. Todos os dias, centenas de currículos são colocados à disposição, mas poucos possuem o nível desejado pelos empregadores. "As exigências estão sempre maiores e os profissionais devem se preparar para estar aptos quando chegar a oportunidade", revelou Ivone de Mello Almeida, psicóloga e selecionadora da Nic Recursos Humanos. Profissionais para as vagas de operadores de máquinas, cargos administrativos, tecnólogos, técnicos, soldadores, mecânicos, ferramenteiros, pedreiros, carpinteiros, atendentes de telemarketing e na área de logísticas são os mais requisitados em Mogi.
De acordo com Gilberto Ortiz, psicólogo e sócio-proprietário da agência Nova Recursos Humanos Ltda., a falta de técnicos qualificados foi apelidado como "apagão de mão de obra", porque as oportunidades aumentam, contudo, a dificuldade de encontrar profissionais especializados está cada vez maior. "A solução é a mudança de postura das empresas, que tendem a investir mais em treinamento de funcionários e diminuição de exigências do perfil para possibilitar a queda nas dificuldades de conseguir atender às necessidades de mão de obra", acrescentou.
Para a também psicóloga e consultora da Soulan Recursos Humanos, Luciana Talarico, o mercado está muito competitivo e as empresas não abrem mão de contratar profissionais qualificados. "Quem investe na carreira e busca aprimoramento está melhor preparado para enfrentar os desafios", comentou. 
 

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