domingo, 31 de julho de 2011

O impacto do estágio na vida do estudante

ivemos uma realidade na qual apenas 40% dos jovens economicamente ativos, entre 18 e 24 anos, completam 11 anos de estudo. Fora isso, de acordo com dados do IBGE, o Brasil tem a maior taxa de abandono do ensino médio, entre todos os países do Mercosul. O número de oportunidades não comporta a demanda e apenas os mais preparados irão conseguir uma colocação.

Assim, estudantes com certo período de aprendizagem destacam-se muito mais no mercado de trabalho. Nesse contexto, se torna imprescindível o interesse em conseguir adquirir experiências e habilidades profissionais, cada vez mais cedo.

Por isso, a importância de praticar um ato escolar supervisionado. Ao estagiar, a pessoa ganha à oportunidade de aprender sobre a rotina de sua futura profissão e utilizar os conhecimentos acadêmicos adquiridos em sala de aula. Além disso, passa a conhecer as reais necessidades do ambiente corporativo e, assim, dá o primeiro passo para o seu desenvolvimento. E, claro, fica à frente de muitos indivíduos sem vivência empresarial.

Tudo isso, sem contar a chance de descobrir se opção de carreira era a esperada e se realmente gostou dessa escolha. Logo, estagiar cedo permite trocar de carreira caso perceba não ter feito a opção ideal para a sua vocação profissional.

Com o amadurecimento da lei 11.788/2008, todos passaram a entender a importância da contratação e o preconceito com esse setor já não existe mais. Os estudantes e as empresas ganharam mais segurança e os benefícios foram muitos.

Para os jovens, houve a mudança de carga horária para até seis horas diárias, recesso remunerado, auxílio transporte e bolsa-auxílio obrigatória, em caso de estágio não obrigatório.

O ganho para as corporações foi o de ficar legalmente estipulado o fato de não criar vínculo empregatício e de isentar as verbas rescisórias e encargos sociais. Sem contar no ganho de talentos, os quais poderão ser treinados e moldados de acordo com o perfil de cada empreendimento.
A nova lei obriga  as instituições de ensino a validar todas as atividades desenvolvidas no ambiente de trabalho. Na outra ponta, dentro das empresas, é necessário ter a supervisão por meio de um profissional formado, ou com larga experiência prática na profissão. Isso garante o desenvolvimento de habilidades e competência correlatas ao curso em questão. Portanto, se existia a dúvida de ingressar em um estágio, acabe com ela agora mesmo. Ao entrar para a universidade, comece a procurar por uma chance logo nos primeiros anos. Além de contribuir para aumentar suas oportunidades de empregabilidade, eliminará um grande abismo: a falta de experiência.


Seme Arone Junior
é presidente da Associação Brasileira de Estágios (Abres)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Jovens querem estudar e ter bom emprego


Os jovens brasileiros sonham em estudar e ter um bom emprego. A pesquisa foi feita pelo Instituto Box1824 com quase dois mil brasileiros entre 18 e 24 anos. O estudo aponta que ter uma boa formação profissional e sucesso no trabalho são os principais desejos de 55% dos jovens. As preocupações ligadas ao mundo do trabalho aparecem bem á frente de ter casa própria (15%), ganhar muito dinheiro (9%) ou constituir família (6%). O levantamento mostra ainda que os jovens estão mais em busca de satisfação profissional do que salários maiores.Muitos disseram que aceitariam ganhar menos, se isso resultasse em mais qualidade de vida.

domingo, 24 de julho de 2011

Assédio moral atinge mais os trabalhadores registrados

Ações negativas dos chefes são mais comuns entre os empregados com contrato formalizado.Pesquisa também revela que 46,5% dos casos de assédio em relação aos funcionários são causados por chefes do sexo masculino .

Uma pesquisa feita pela médica do trabalho Margarida Barreto, de janeiro de 2005 a janeiro de 2011, comprovou que os trabalhadores com carteira assinada são os que mais sofrem assédio moral em seus locais de trabalho. Eles representam 40% do total pesquisado.
Os servidores públicos, contratados por meio da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), correspondem a 34%; estagiários e pessoas em experiência, 4,5%; contratados por tempo de serviço, 3,5%; temporários, 1%; e outros, 17%. "Os mais assediados são aqueles com vínculo formal", revela.

Segundo a médica, o assédio moral se caracteriza por atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, em que predominam as desqualificações e desmoralizações, constrangimentos e humilhações durante toda a jornada de trabalho, acarretando prejuízos práticos e emocionais para os trabalhadores e para a organização do trabalho.
A pesquisa mostrou, ainda, que 68% dos casos de assédio ocorrem em grandes empresas privadas, de caráter nacional ou internacional. O sexo masculino é o que mais pratica o assédio em relação aos seus funcionários, com 46,5%; enquanto que as mulheres, na posição de chefia, chegam a 31%.

Frequência

Os entrevistados (68,3%) também responderam que a ação é contínua, ou seja, elas ocorrem várias vezes por semana. Apenas 19,5% disseram que a prática é realizada uma vez na semana e 12,2%, uma vez ao mês.
De acordo com a psicóloga Débora Miriam Raab Glina, integrante da Comissão Técnica de Saúde Mental e Trabalho da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), para alguns, o assédio só é caracterizado quando existe algum transtorno mental ou psicossomático resultante.

Comprovação

Além disso, Débora diz que a comprovação é mais difícil, por isso, o assediado deve fazer um diário do assédio em ordem cronológica das situações e anexar e-mails, cartas, bilhetes, boletins de ocorrência, avaliações de desempenho, processos movidos contra o assediado, gravações e filmagens, dentre outros. "No entanto, nem sempre estas provas existem, mas nem por isso se pode duvidar da palavra do assediado", aconselha.

A importância da capacitação

A primeira temporada de estágios chegou ao fim, porém não é motivo para desânimo. As oportunidades continuam e só não consegue uma posição quem não corre atrás do prejuízo. Os estudantes com dificuldades para alcançar a almejada contratação têm uma solução fácil e barata. É o caso dos cursos e palestras, os quais podem fazer uma revolução em qualquer currículo.

Ter um bom português, vontade de aprender e pró-atividade já garantem pontos em uma entrevista. No entanto, o mundo corporativo é bem exigente quanto aos conhecimentos. Por isso, para se firmar é necessário capacitar-se. Oficinas e atividades do gênero representam a possibilidade de contato com diferentes experiências e perspectivas. Isso leva a um aumento da capacidade de refletir sobre seu próprio desempenho, além de possibilitar o acesso a algumas ferramentas importantes para o desenvolvimento das competências.

Os recrutadores garantem ser um diferencial no momento da seleção. Para eles, é fundamental procurar absorver de forma crítica as informações colocadas à disposição nos eventos. Não adianta apenas a quantidade, é preciso agregar algo a mais.

Outro benefício garantido com esse tipo de recurso é a chance de praticar o conhecido network. O ambiente dos cursos geralmente é descontraído. Com isso, as pessoas ficam mais receptivas, não só para o aprendizado, mas também para a construção de uma rede mais ampla de contatos informais. Isso certamente contribuirá para a colocação profissional. Momentos como o coffee break, intervalos ou, mesmo após a exposição do palestrante, são propícios para estabelecer relações.
Uma dica é a utilização de recursos digitais como o LinkedIn. Ele pode ser uma boa alternativa. Apesar disso, não é a única, pois não substitui o contato pessoal.

Existem diversas opções de workshops e apresentações em todo o Brasil, muitas delas gratuitas e, até mesmo, on-line. No mundo globalizado de hoje, evite desculpas para não se atualizar e adquirir cultura. A tendência é a cobrança ser cada vez maior e as vagas só vão sorrir para quem estiver preparado.

Seme Arone Junior
É presidente da Associação Brasileira de Estágios (Abres)

sábado, 9 de julho de 2011

Candidato precisa mostrar seu interesse pela vaga

Para conseguir se colocar no mercado de trabalho, a escolaridade e a experiência são requisitos fundamentais, além do domínio de outro idioma. Gilberto Ortiz lembra que o profissional deve ter disposição, vontade, bom relacionamento interpessoal, preocupação com a aparência e elaborar um bom currículo, com informações verdadeiras. Distribuir os currículos nas empresas, agências de empregos e entregar aos amigos que têm bons contatos também ajuda. "Tudo que constar em seu currículo ou for dito será cobrado", lembrou. Para Ivone Almeida, a chave para conseguir uma colocação é mostrar ter competência comportamental, sabendo se expressar e ter um bom vocabulário. "Se o candidato tiver feito cursos técnicos, mostrar interesse e conhecimentos, terá 90% de chances de conseguir uma vaga de trabalho. O candidato deve ficar atento quanto a apresentação pessoal", disse. (M.P.)

Jovens exigentes

Os jovens profissionais, entre 20 e 28 anos, são mais críticos em relação à empresa em que trabalham do que o total de funcionários das demais faixas etárias. A diferença é de 10%. A revelação é de um levantamento feito pelo novo Guia Você S/A - As Melhores Empresas para Começar a Carreira, em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA) e a Cia de Talentos, que avalia e premia as empresas com os melhores programas para jovens iniciarem sua trajetória no mercado de trabalho. O estudo é pioneiro em clima organizacional, voltado exclusivamente ao público jovem, destacando o ambiente de trabalho e as práticas e políticas de gestão de pessoas das empresas.

Vagas esperam mãos qualificadas

A dificuldade dos trabalhadores atualmente é conseguir entrar no mercado, que exige experiência e qualificação.
Por Marcelo Pascotto - Jornal Mogi News
 
No início da Era Vargas, de 1930 a 1945, os trabalhadores fabris utilizavam a data para organizar protestos contra as políticas sociais e econômicas do país naquela época. Até há pouco tempo, os brasileiros faziam movimentos para pedir a geração de empregos e melhores remunerações. Com o passar dos anos e a melhora das condições do Brasil, a luta dos trabalhadores é outra: entrar no mercado de trabalho. A experiência e a qualificação profissional nunca foram tão requisitadas quanto agora. Hoje, a falta de aperfeiçoamento técnico é a principal dificuldade encontrada pelo setor produtivo mogiano na hora de contratar pessoas para atuarem no "chão de fábrica" e até mesmo para os cargos de gerência.
Este fenômeno não é exclusivo de Mogi. Pesquisa divulgada em abril pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com 1.616 empresas, constatou que 69% delas enfrentam dificuldades com a falta de trabalhador qualificado. Ainda segundo o levantamento, 94% têm problemas para encontrar operadores para a produção e 70% têm carência de profissional qualificado, o que prejudica o aumento da competitividade.
As agências de Recursos Humanos conhecem bem esta realidade. Todos os dias, centenas de currículos são colocados à disposição, mas poucos possuem o nível desejado pelos empregadores. "As exigências estão sempre maiores e os profissionais devem se preparar para estar aptos quando chegar a oportunidade", revelou Ivone de Mello Almeida, psicóloga e selecionadora da Nic Recursos Humanos. Profissionais para as vagas de operadores de máquinas, cargos administrativos, tecnólogos, técnicos, soldadores, mecânicos, ferramenteiros, pedreiros, carpinteiros, atendentes de telemarketing e na área de logísticas são os mais requisitados em Mogi.
De acordo com Gilberto Ortiz, psicólogo e sócio-proprietário da agência Nova Recursos Humanos Ltda., a falta de técnicos qualificados foi apelidado como "apagão de mão de obra", porque as oportunidades aumentam, contudo, a dificuldade de encontrar profissionais especializados está cada vez maior. "A solução é a mudança de postura das empresas, que tendem a investir mais em treinamento de funcionários e diminuição de exigências do perfil para possibilitar a queda nas dificuldades de conseguir atender às necessidades de mão de obra", acrescentou.
Para a também psicóloga e consultora da Soulan Recursos Humanos, Luciana Talarico, o mercado está muito competitivo e as empresas não abrem mão de contratar profissionais qualificados. "Quem investe na carreira e busca aprimoramento está melhor preparado para enfrentar os desafios", comentou. 
 

domingo, 3 de julho de 2011

Prioridades de RH são semelhantes na Europa e nos Brics

Pesquisa conduzida pelo CRF Institute, consultoria baseada no Reino Unido que organiza rankings de melhores empresas para trabalhar, aponta que as prioridades de recursos humanos nos países da Europa e dos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) são semelhantes.
Em boa parte dos países, o primeiro lugar é ocupado por gestão de talentos. "O resultado mostra que as empresas estão preocupadas com engajamento de seus funcionários e com o planejamento de sucessão", afirma Robert Schaefer, diretor regional da consultoria.
A China e a África do Sul são os únicos locais onde as prioridades são diferentes (listas abaixo). "Na China não há falta de talentos, eles têm profissionais muito qualificados. O problema lá é que as pessoas sentem falta de conseguir equilibrar vida pessoal e trabalho", comenta.
A pesquisa foi realizada em maio com cerca de 700 empresas da Europa e dos BRICS.
Prioridades da área de recursos humanos
Europa
  1. Gestão de talentos
  2. Treinamento e desenvolvimento
  3. Engajamento dos funcionários
Brasil
  1. Gestão de talentos
  2. Gestão de desempenho
  3. Equilíbrio entre vida e trabalho
Rússia
  1. Gestão de talentos
  2. Transformar recursos humanos em parceiro estratégico
  3. Gestão e recompensa por desempenho
Índia
  1. Gestão de talentos
  2. Desenvolvimento de liderança
  3. Equilíbrio entre vida e trabalho
África do Sul
  1. Treinamento e desenvolvimento
  2. Desenvolvimento de liderança
  3. Gestão de desempenho


Fonte: http://classificados.folha.com.br/empregos/933977-prioridades-de-rh-sao-semelhantes-na-europa-e-nos-brics.shtml