domingo, 6 de março de 2011

Liderança

Conflito marca gerações distintas de profissionais
Pesquisa revela que mulheres se deparam com um novo desafio no ambiente corporativo contemporâneo
 
As diferentes gerações imprimem uma nova dinâmica nas relações e causam choque de interesses.
 
A experiência prática e o preparo acadêmico tornou os profissionais da geração X (com idades entre 30 anos e 45 anos) os legítimos herdeiros dos postos de liderança disponíveis desde a aposentadoria dos baby boomers, geração nascida entre 1946 e 1964.
A convencional substituição de uma geração de executivos por outra, que deveria transcorrer na mais perfeita tranquilidade, teve o curso alterado por uma nova disputa de poder.
Questionadores e com pressa para ascender na carreira, integrantes da geração Y (com idades entre 20 anos e 29 anos) passaram a disputar cargos com o profissional X.
Na região da Grande São Paulo, a pesquisa qualitativa "Convivência no Mercado de Trabalho", conduzida pela empresa de pesquisa Bridge Research -realizada com mulheres das classes A e B, pertencentes às gerações X, Y e Z- mostrou que as profissionais paulistanas de três gerações têm dividido espaço físico, cargos e desafios em um ambiente corporativo altamente competitivo.

A convivência, muitas vezes, constitui um conflito multigeracional que está sendo ditado pela forma com que cada geração lida com questões pessoais e profissionais. Em comum às gerações, a falta de planejamento da carreira; a escolha é feita muito cedo, o que impede a definição de um plano maduro para a carreira.

E como age cada profissional? Assertiva, a chefe X costuma ser objetiva, comprometida com resultados, competitiva e responsável. A Y apresenta a faceta mais humana do ambiente corporativo, mostrando-se acessível, bem informada, flexível e adaptável -uma profissional preparada para o trabalho em equipe por buscar soluções para problemas comuns ao grupo.

Energia
A estagiária Z é a profissional com mais energia em estado bruto. "A estagiária Z busca o crescimento por meio do aprendizado e enxerga as primeiras experiências profissionais como uma oportunidade de traçar um caminho possível para o desenvolvimento da carreira", afirma Renato Trindade, presidente da Bridge Research e coordenador da pesquisa.

A análise comportamental mostrou que enquanto as profissionais da geração X colocam a carreira em primeiro plano, a prioridade das Y -no início de carreira, especialmente- é equilibrar a vida pessoal e a profissional.
"Essas mulheres se preocupam em não cometer os mesmos erros da geração passada, ou seja, acreditam que a X abandonou a família em detrimento da carreira", afirma Trindade, acrescentando que as mulheres da geração Z têm comportamentos infantis com relação ao trabalho.

Contrastes
De acordo com o coordenador da pesquisa, para a X o trabalho é fonte de realização e status; a Y associa a carreira com a afirmação da maturidade perante a sociedade; e a Z acredita que o trabalho é um mal necessário.
"No tocante à família e amigos, enquanto a X relega a vida pessoal a segundo plano, a Y vive um momento em que as responsabilidades cotidianas roubam o tempo que gostaria de dedicar às pessoas queridas. Para a Z, a vida ainda está dentro de uma zona de conforto, na qual os pais são a principal referência e os amigos a prioridade", detalha o executivo. 

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