domingo, 30 de janeiro de 2011

Recomendo

Trecho do Livro "Como se tornar um líder servidor de James C. Hunter.

Ao concluir, quero partilhar algumas lições mais importantes que
aprendi com as empresas mais bem-sucedidas com que tive o privilégio
de trabalhar ao longo dos anos.

• Nunca se esqueça de que liderar é servir.
• Seja muito exigente com as pessoas que contrata.
• Comemore a “aceitação” de um novo contratado e sua
equipe e oriente-o de maneira apropriada.
• Defina o propósito e o significado do trabalho que está
fazendo e não deixe de apregoá-los sempre que puder.
• Encontre meios de fazer com que o trabalho das pessoas
seja mais desafiador, interessante e satisfatório.
• Remunere as pessoas de uma forma justa.
• Respeite todas as pessoas.
• Identifique, desenvolva e invista em seus líderes.
• Exija excelência e responsabilidade, especialmente de
seus líderes.
• Insista na melhoria pessoal contínua.
• Reconheça, recompense as realizações espontaneamente.
• Promova a comunidade.
• Procure as melhores práticas e implemente-as.
• Leve a tomada de decisão até o nível hierárquico mais
baixo.
• Treine bem sua equipe e ajude-a a desenvolver novas
habilidades.
• Confie em seu pessoal para fazer a coisa certa.
• Seja honesto e exija honestidade total, nas boas e nas más
notícias.
• Respeite o equilíbrio entre trabalho e vida particular.
• Faça as pequenas coisas que transformam uma casa no
lar.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Os mandamentos do guru da gestão Tom Peters

Conheça os pontos essenciais para o sucesso das empresas enumerados pelo especialista do mundo dos negócios.

O renomado guru da gestão Tom Peters é idolatrado por homens e mulheres de negócios. Autor de vários best-sellers, como "In search of excellence" (Vencendo a crise, em 1982) e "Liberation management", Peters foi considerado como o "guru dos gurus" pela revista Fortune e "superguru" pela The Economist.

Em recente palestra em São Paulo, o engenheiro civil pela Cornell University, e Ph.D. pela Stanford University, dos Estados Unidos, deu ensinamentos quase óbvios sobre estratégia e excelência, mas que são ignorados por grande parte das empresas. Confira os principais mandamentos de Peters para garantir a produtividade e o sucesso na gestão dos negócios:

- Desenvolva a comunicação interna. Segundo Tom Peters, o problema número um das empresas é a falta de comunicação entre os diversos níveis da corporação. Se as pessoas não se entendem, não conseguem alcançar objetivo algum.

- Preocupe-se com a relação entre chefes e subordinados. O grande motivo de insatisfação dos funcionários com a empresa é a má relação com seus supervisores imediatos. "Não importa se a empresa está tendo bom ou péssimo desempenho, se o empregado não está bem com seu chefe, ele vai detestar o trabalho", afirma. Essa relação precisa ser positiva se o gestor quer que a produtividade dos funcionários seja boa.

- Fixe nos detalhes. Para Peters, "execução é estratégia" e, para ter sucesso, é imprescindível ter um objetivo bem traçado - não importa qual - e, mais do que isso, é necessário investir e executar exaustivamente cada ponto. Os detalhes são o que fazem a diferença no final.

- Lembre-se que pequenas ações resultam em grandes resultados. Por meio do exemplo do Walmart, que aumentou muito seus lucros depois de aumentar o tamanho dos carrinhos de compras - facilitando a compra de produtos maiores, como microondas - Peters mostra que não precisa ser um gênio, nem criar projetos altamente elaborados para aumentar a rentabilidade dos negócios. 

- Mantenha contato com todos os membros ligados à empresa. Se você gerencia diversas instâncias, pessoas e processos, não deixe que eles fiquem sem sua atenção ou supervisão. É importante delegar funções, mas não deixe nada completamente de lado. Fique de olho nos negócios como um todo para evitar problemas.

- 6º Trate seus empregados como clientes. Nada mais lógico do que tratar bem os funcionários para que eles tratem bem o consumidor final de seu produto. Segundo ele, o trabalho do líder é promover o sucesso, comprometimento e entusiasmo nas pessoas que servem direta ou indiretamente o cliente.

- 7º Volte seu foco para as mulheres. O mercado consumidor feminino é, para ele, uma galinha dos ovos de ouro e, por isso, as empresas devem tentar buscar desenvolver produtos e serviços que agradem a elas. Um bom começo é evitar tratar o consumidor como "ele", no masculino, e buscar formas mais igualitárias para conquistar esse mercado promissor.

- 8º Seja obcecado em contratar os melhores. "Você pode se concentrar em buscar os grandes talentos, mas você é obcecado por isso?", indaga. Tom Peters considera que o processo de contratação deve ter máxima prioridade, pois é dele que saem os melhores frutos. Para isso, é imprescindível pensar e repensar os critérios de avaliação dos candidatos para não errar na hora da seleção.

- Saiba ouvir, agradecer e pedir desculpas. A escuta, para ele, é a alma do desenvolvimento das empresas. Com seu tom desafiador, ele instiga os gestores a contar quantas vezes ao dia eles perguntam "o que você acha?". Ao dar poder às pessoas, ouvir suas opiniões é um reforço para o comprometimento e para o sucesso. O mesmo vale para gentilezas muito esquecidas, como agradecimentos e pedidos de desculpas. Não prejudica ninguém e faz os funcionários mais felizes e produtivos.

- 10º Dê importância ao design. Em um contexto em que a maioria das empresas fornecem produtos de qualidade muito similar, o design é fundamental para atrair consumidores. Peters dá o exemplo da Apple e da BMW para mostrar que o design está muito além da antítese de gostar e não gostar. Ele está entre o amor e o ódio.

- 11º Nunca perca um almoço. "É nos almoços que conseguimos fazer os melhores negócios, pois é muito mais fácil você trabalhar com uma pessoa com quem você teve um contato mais próximo do que com um estranho", diz. Peters acredita que é nas refeições que afinidades e a simpatia pode surgir, ajudando as partes a entrar em acordo.

 

Abra a cabeça


 
Da caixa de sugestões a idas a museus, conheça nove técnicas para estimular seus funcionários a pensar além do óbvio e trazer propostas inovadoras

por Eliza Robayashi >> ilustrações de Denis Freitas

Numa época em que as informações são facilmente adquiridas, as transformações cada vez mais rápidas e o ciclo de vida dos produtos cada vez menor, saber inovar tornou-se um desafio vital para as empresas. “Atualmente, existe uma grande oferta em nível global de recursos financeiros, matérias-primas e mão de obra que coloca as companhias em condições muito similares, fazendo com que qualquer vantagem competitiva baseada nesses fatores seja rapidamente superada”, analisa o professor Isak Kruglianskas, coordenador do MBA Conhecimento, Tecnologia e Inovação da Fundação Instituto de Administração (FIA). Nesse cenário, o único fator mais duradouro para se destacar da concorrência e sobreviver é a capacidade de inovar em produtos e processos que sejam mais difíceis de imitar. Esse alerta, embora já soado em muitas empresas, ainda gera dúvidas. Alguns não sabem exatamente o que significa inovação; outros não sabem como promovê-la em suas equipes. Para Maximiliano Carlomagno, sócio-fundador da Innoscience, consultoria especializada em gestão da inovação, inovar não é simplesmente empregar uma nova tecnologia ou criar um produto que não existe no mercado, mas transformar ideias em resultados. “Um produto ou serviço só se transforma em inovação depois que impactar o mercado”, explica. Para isso existe uma série de ferramentas no mercado, mas precisam ser bem administradas e usadas com disciplina. É aí que entra o RH. “O RH é a mola propulsora desse processo, responsável por disseminar o conceito de inovação entre os colaboradores, capacitá-los e amortecer os impactos provocados por mudanças e eventuais fracassos”, diz Martha Terenzzo, professora do curso de gestão da inovação do Centro de Inovação e Criatividade da ESPM. A seguir, algumas ferramentas, metodologias e sugestões para promover uma sistemática de inovação em sua companhia.

ESTIMULE O BRAINSTORMING A técnica de brainstorming é bastante antiga e muito utilizada para estimular e gerar uma grande quantidade de ideias a partir de outras correlatas, sem críticas ou restrições. Na gestão da inovação, ela é aplicada em grupos preferencialmente bem diversificados de gestores e colaboradores, para auxiliar ou dar um primeiro passo na geração de ideias com potencial de inovação. Seu resultado pode ser aproveitado para a explicação de outras técnicas, ou como ponto de partida para aplicar novas estratégias de inovação.

CAPACITE SUA EQUIPE Treinamentos e cursos (de curta ou longa duração) sobre o tema podem ser eficientes e ajudar o time a pensar fora da caixa. “Para os gestores de nível mais alto que ocupam posições-chave no processo decisório em áreas mais diretamente envolvidas com a inovação é de grande valia um treinamento em maior profundidade, como MBAs focados em inovação ou uma especialização em nível de pós-graduação lato sensu”, avalia o professor Isak Kruglianskas. Já para colaboradores com responsabilidades mais técnicas e operacionais, são indicados cursos de curta duração, que vão contribuir para que entendam melhor a dinâmica do processo, seu papel e a importância do comprometimento. “Essa capacitação poderá contribuir para consolidar uma cultura de inovação na empresa e, certamente, aumentar sua vantagem competitiva no médio e longo prazo”, diz o professor.

OXIGENE O AMBIENTE Misture áreas, setores e pessoas. Isso vai promover discussões interessantes e novos olhares sobre velhos problemas. “Há uma busca pela redução de barreiras interdepartamentais, pois a inovação atualmente é cada vez mais um processo sistêmico que envolve todas as áreas da empresa”, diz o professor Kruglianskas. Uma das técnicas utilizadas nesse tipo de abordagem é reunir gestores de diferentes departamentos para cada um apresentar seu trabalho e suas ideias aos demais, permitindo que as pessoas possam se conhecer e gerar um maior entendimento de processos. Outra forma é, em vez de fazer um benchmark no próprio setor, faça em outros setores relacionados. “É importante para dar uma oxigenada nas ideias e não ficar com o pensamento viciado”, diz Carlomagno.

ABRA A CAIXA A boa e velha caixa de sugestões também pode ser uma aliada para promover a inovação. “Em muitas empresas, as boas ideias vêm do chão de fábrica, porque as pessoas que trabalham ali indicam soluções simples que um engenheiro não consegue enxergar”, conta Martha, da ESPM. A Caterpillar é um exemplo de empresa que sabe tirar proveito de suas caixinhas. Em 2008, seus funcionários sugeriram 46 315 ideias de melhorias nos processos de produção e 79% delas foram implementadas — o que gerou uma economia de 1 milhão de reais para a empresa. “Críticas de qualquer natureza podem nos tirar da cegueira momentânea, rumo a inovações pequenas e, até mesmo, transformação de ruptura”, diz Sônia Rico, diretora de RH da Porto Seguros, onde a inovação está entre as dez competências organizacionais da empresa. É importante, porém, que haja sempre um direcionamento para as ideias, algo que esteja alinhado com a estratégia do negócio. Ou então a companhia corre o risco de ter uma porção de sugestões sem critérios ou potencial de inovação.

SAIA DA ROTINA O chamado Innovation Day (ou Dia da Inovação) é uma atividade que tira os profissionais da rotina e do ambiente de trabalho por um dia, para que se dediquem a gerar, melhorar e implementar ideias de potencial inovador. “Criar um ambiente físico diferente permite que as pessoas tenham comportamentos diferentes dos das salas de reuniões e das relações rígidas de hierarquias, tornando-se mais propícias a gerar ideias inovadoras”, recomenda Carlomagno, que já aplicou a técnica em diversas companhias. “Uma vez, levei um grupo de profissionais a um museu, tentando desconstruir algumas premissas que guiavam as pessoas no cotidiano, para depois passarmos por uma sessão de geração de ideias.” Vale também promover atividades lúdicas, mas sempre com um propósito definido, como fez a professora Martha Terenzzo, que levou executivos de uma fabricante de óleo de cozinha para preparar receitas com o produto. “Alguns deles jamais tinham aberto um frasco de óleo, ou seja, até então essas pessoas não haviam tido acesso ao próprio produto”, conta. “Na ocasião, eles puderam sentir as dificuldades que o consumidor tem no dia a dia e viram que há muita coisa que podia ser feita para melhorar o produto.”

ORGANIZE WORKSHOPS Os workshops são utilizados principalmente no início de um processo de inovação, quando a empresa deseja engajar os funcionários por meio da sensibilização, do alinhamento conceitual e da mobilização. “Transferir o conteúdo deve sempre ser o primeiro passo para levantar inovações da empresa”, diz Carlomagno, da Innoscience. Assim, os workshops são realizados para preparar as pessoas para o conceito de inovação e criar uma atmosfera adequada para sua implementação. Geralmente, esse papel cabe ao gestor de inovação. Se sua empresa não tem esse cargo, o próprio RH ou uma consultoria especializada pode trabalhar esse conceito.

ATRELE AO BÔNUS Uma boa forma de estimular um trabalho inovador é vincular a gestão da inovação às práticas da gestão de RH, como avaliação de desempenho e remuneração. Você consegue, com isso, gerar um comportamento pró-inovação entre líderes e colaboradores. “Se o profissional puder ser avaliado e remunerado de acordo com suas contribuições em inovação, será muito mais provável que ele dedique seu tempo para fazer coisas novas”, afirma Carlomagno. O Serviço Social da Indústria (Sesi) já adotou o alinhamento entre inovação e avaliação de desempenho. “A avaliação de desempenho do Sesi contempla a competência criatividade e inovação. Nesse processo, é possível mapear o quanto essa competência está presente no desempenho de cada empregado e definir capacitações e ações de desenvolvimento que a estimulem”, diz Renato Paiva, gerente executivo da área compartilhada de RH da Confederação Nacional da Indústria (CNI), ligada ao Sesi.

FAÇA VALER As empresas podem atrelar às boas ideias sugeridas alguns prêmios aos funcionários. Além de estimular novas ideias, o prêmio é uma forma pública de reconhecimento — o que valoriza o profissional. “As pessoas também ficam felizes de participar e se tornar parte do processo de soluções e inovações da empresa”, diz Martha. Além disso, os concursos geralmente exigem a criação de planos e ideias mais elaborados e estruturados. E, assim como outras técnicas, exigem que haja um direcionamento adequado, para que não se perca o foco de vista e os objetivos da empresa sejam atendidos.

INFORMATIZE AS IDEIAS Os softwares de inovação integram algumas modalidades anteriores de forma automatizada. “Eles possibilitam fazer a coleta e a filtragem de ideias, avaliar o potencial delas por meio de parâmetros e geri-las”, explica Carlomagno, que trabalha a ferramenta em diversas empresas. “Além disso, permite a participação de fornecedores, clientes e consumidores para darem suas opiniões sobre produtos e serviços da companhia.” As vantagens do uso da ferramenta são agilidade na geração e avaliação de ideias e a ampla participação das pessoas (envolvendo o público externo) no processo de inovação. “A evolução da Web 2.0 também vem abrindo um enorme espaço para o surgimento de novas ferramentas que favorecem a inovação compartilhada por um número crescente de participantes, o que permite o uso de uma inteligência coletiva cada vez mais potente”, afirma Kruglianskas, da FIA.

Livros

A Cabeça de Steve Jobs
Editora: Agir
É difícil acreditar que um homem revolucionou os computadores nos anos 1970 e 1980, o cinema de animação e a música digital nos anos 1990. Por outro lado, são lendárias as histórias de seus repentinos acessos de raiva, revelando o verdadeiro Steve Jobs. Então, o que há, realmente, dentro do cérebro de Steve? Segundo Leander Kahney, é um fascinante feixe de contradições.